sexta-feira, 8 de julho de 2016

PASTOR SAMUEL FERREIRA VOLTA A SER ALVO DA JUSTIÇA

Pastor foi citado em processo que pediu suspensão de passaportes diplomáticos de líderes religiososO pastor Samuel Ferreira, líder e herdeiro do império da Assembleia de Deus do Brás em São Paulo (ADBRAS), voltou a ser citado na justiça em um novo processo. Em maio o pastor recebeu do ministro das relações exteriores, José Serra (PSDB), um passaporte diplomático, que dá certas regalias a algumas pessoas, como políticos e familiares, diplomatas, embaixadores e pessoas que atuam em outros países representando a nação de algum modo. A honra foi concedida por Serra, por influência do deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Samuel é ligado a Cunha e já é também investigado na Lava-Jato, por suposto crime de lavagem de dinheiro.

Na última quinta-feira, 7, a justiça federal informou que recebeu um pedido de suspensão do passaporte diplomático dopastor, alegando que o ato fere diretamente a constituição federal. Uma vez que o país é laico, não pode ser permitido que líderes religiosos tenham privilégios diplomáticos. A ação popular é de autoria do advogado Ricardo Amin Abrahão Nacle.
A justiça por fim negou a suspensão do passaporte diplomático de Samuel Ferreira, alegando que, desde 2011 na gestão do então presidente Lula, o Itamaraty concede a religiosos esses passaportes com base na isonomia, e que a cada instituição religiosa só é permitido 2 passaportes diplomáticos.

RR Soares

missionário RR Soares não teve a mesma sorte que Ferreira. Ele e sua esposa também receberam passaportes diplomáticos recentemente, mas, nesse caso, a justiça determinou a suspensão dos passaportes e solicitou que fossem entregues no prazo máximo de cinco dias.
A imprensa não foi informada porque exatamente o passaportes de RR Soares foi suspenso e o de Samuel Ferreira foi mantido. A única diferença entre os dois casos é que um é ligado diretamente ao deputado e ex-presidente da câmara Eduardo Cunha, e o outro não.
O advogado Ricardo Amin, que entrou com a ação popular, declarou que vai entrar com recurso.
Já Serra autorizou que o caso seja reavaliado, pedindo mudanças nas regras que envolvem a concessão dos passaportes diplomáticos.
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